A jogadora Stefany Krebs ainda não estreou com a camisa do Palmeiras, mas sua presença já tem feito mudanças no alviverde dentro e fora de campo mostrando a importância da inclusão.
Atleta do Palmeiras e da Seleção Brasileira, Stefany foi campeã mundial de futsal no ano passado e é surda, o que não a impede de fazer o que gosta: jogar bola. A comunicação com as colegas de equipe são por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e gestos e leitura labial.
Além disso, o clube dá todo o apoio a atleta. Na comissão técnica, Stefany conta com a ajuda do preparador físico William Bittencourt e da analista de desempenho Vanessa Silva que também trabalham com a seleção de futsal de surdos.
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A adaptação está em andamento e a jogadora já vê avanços. “No começo, eu estava nervosa e agitada, mas depois as coisas foram acontecendo. A angústia acabou. É um passo depois do outro. Às vezes, o surdo tem medo de tentar. A gente tem voz. A gente consegue”, explicou em entrevista para o Estadão.
Por conta da surdez descoberta quando tinha apenas dois meses de vida, Stefany é mais observadora que as outras atletas. “Quem ouve, espera as orientações do treinador. Ela tem de ser independente, olhar a bola, o rival, a arbitragem, o treinador e o time”, conta William.
Quando dissemos “o futebol é de todos”, não é um discurso que deve ficar apenas na teoria. A presença de Stefany no futebol mostra que a inclusão é uma peça fundamental do esporte e que deve ser celebrada.